Gostaria de aproveitar para enviar os desejos de um óptimo 2008 e seguintes a todos os fumadores passivos, que finalmente conseguiram o desiderato de ter uma média de vida saudável de 120 anos.
Para que esta perspectiva se consolide, deixo mais algumas sugestões, a saber: proibir a entrada em todos os recintos fechados de portadores de vestimentas que contenham peles, como samarras, astracãs, visons, etc., que podem ser causadores de alergias, as quais além do quadro cutâneo podem provocar edema da glote que, como é evidente, pode matar mais depressa do que as consequências do fumo passivo.
O mesmo se deve aplicar, e pelas mesmas razões, a pessoas excessivamente perfumadas. Cada superfície fechada deverá ter obrigatoriamente um segurança à entrada. que verifique se ninguém sofre de tuberculose activa, pois a tosse e os espirros podem facilmente disseminá-la.
Proibir a entrada a ciganos, que se apresentam sempre em grupos numerosos e falando muito alto, o que pode originar ruptura dos tímpanos e consequentes infecções. Proibir a entrada a chineses, porque como são asiáticos podem disseminar a gripe das aves e, como não percebemos o que dizem, obrigam a maior concentração, com exagerado uso de neurónios, o que eventualmente pode conduzir a AIzheimer.
Proibir a entrada a todos os eurocratas, porque a sua actividade transbordante pode provocar, por osmose, esta- dos de debilidade física e intelectual, que conduzirão inevitavelmente a uma menor produção laboral.
Impedir que todos os cozinheiros que confeccionem comida portuguesa típica (cozido, feijoada, tripas, serrabulho, etc.) exerçam a sua actividade, prevenindo as doenças arterioes-cleróticas Com correspondente diminuição de acidentes isquémicos cerebrais e cardíacos.
Proibir a entrada do director-geral de Saúde, pois quem lança o programa 'Tipo de Actuação em Cessação Tabágica' certamente que não se encontra em condições psicológicas para permanecer em superfícies fechadas.
Proibir a entrada do Presidente do Conselho e da sua «entourage» mandante... porque sim!
Penso deste modo contribuir também para um Portugal muito mais saudável, onde se deve trabalhar até aos 110 anos de idade e com 90 anos de profissão, país este que não verei certamente, pois como fumador livre morrerei em breve. (...)