Domingo, 28 de Setembro de 2014

Pensamento do dia (grande mulher)

A 2 de fevereiro de 1905 nasceu em S. Petersburgo a filósofa e escritora americana Alissa Zinovievna Rosenbaum, mais conhecida como Ayn Rand, falecida em Março de 1982 em Nova York. Ficou famosa esta frase dela, que se aplica como uma luva ao que vivemos em Portugal nos dias de hoje:

"Quando te deres conta de que para produzir necessitas obter a autorização de quem nada produz, quando te deres conta de que o dinheiro flui para o bolso daqueles que traficam não com bens, mas com favores, quando te deres conta de que muitos na tua sociedade enriquecem graças ao suborno e influências, e não ao seu trabalho, e que as leis do teu país não te protegem a ti, mas protegem-nos a eles contra ti, quando enfim descubras ainda que a corrupção é recompensada e a honradez se converte num auto-sacrificio, poderás afirmar, taxativamente, sem temor a equivocar-te, que a tua sociedade está condenada. “

 


AYN RAND (1950)

 

 

 

 

publicado por raiodemundo às 19:03
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Domingo, 9 de Junho de 2013

O gabinete do 1º ministro de Portugal

de email anónimo circulando, se os dados estão correctos é caso para reflectir, cada um que tire as suas conclusões se é demais ou não certos cargos como os de motoristas:

 

 

 

Considero isto VERGONHOSO, continuam a pedir sacrificios a quem trabalha e desconta para eles e outros tantos VIVEREM À NOSSA CONTA.



O gabinete do 1º ministro de Portugal !!!
O gabinete (não, não é do OBAMA ou do HOLLANDE, nem sequer da MERKEL!), é apenas do 1º Ministro português.

COMPOSIÇÃO DO GABINETE DO ''NOSSO'' 1º-MINISTRO

 

 

 

 

 

 

 

 

Função

Nome

Idade

Nomeação

Vencimento

Chf,  Gabinete

Francisco Ribeiro de Menezes

46 anos

06-08-2011

4.592,43

Assessor

Carlos Henrique Pinheiro Chaves

60 anos

21-06-2011

3.653,81

Assessor

Pedro Afonso A, Amaral e Almeida

38 anos

18-07-2011

3.653,81

Assessor

Paulo João L, Rêgo Vizeu Pinheiro

48 anos

11-07-2011

3.653,81

Assessor

Rudolfo Manuel Trigoso Rebelo

48 anos

21-06-2011

3.653,81

Assessor

Rui Carlos Baptista Ferreira

47 anos

21-06-2011

3.653,81

Assessora

Eva Maria Dias de Brito Cabral

54 anos

12-10-2011

3.653,81

Assessor

Miguel Ferreira Morgado

37 anos

21-06-2011

3.653,81

Assessor

Carlos A Sá Carneiro Malheiro

38 anos

01-12-2011

3.653,81

Assessora

Marta Maria N, Pereira de Sousa

34 anos

21-06-2011

3.653,81

Assessor

Bruno V de Castro Ramos Maçaes

37 anos

01-07-2011

3.653,81

Adjunta

Mafalda Gama Lopes Roque Martins

35 anos

01-07-2011

3.287,08

Adjunto

Carlos Alberto Raheb Lopes Pires

38 anos

21-06-2011

3.287,08

Adjunto

João Carlos A Rego Montenegro

34 anos

21-06-2011

3.287,08

Adjunta

Cristina Maria Cerqueira Pucarinho

46 anos

23-08-2011

3.287,08

Adjunta

Paula Cristina Cordeiro Pereira

41 anos

22-08-2011

3.287,08

Adjunto

Vasco Lourenço C P Goulart Ávila

47 anos

21-11-2011

3.287,08

Adjunta

Carla Sofia Botelho Lucas

28 anos

25-01-2012

3.287,08

Técnico Especialisto

Bernardo Maria S Matos Amaral

38 anos

07-09-2011

3.287,08

Técnica Especialista

Teresa Paula Vicente de Figueiredo Duarte

44 anos

21-07-2011

3.653,81

Técnica Especialista

Elsa Maria da Palma Francisco

40 anos

16-01-2012

3.653,81

Técnica Especialista

Maria Teresa Goulão de Matos Ferreira

49 anos

18-07-2012

3.653,81

Secretária pessoal

Maria Helena Conceição Santos Alves

54 anos

18-07-2011

1.882,76

Secretária pessoal

Inês Rute Carvalho Araújo

46 anos

18-07-2011

1.882,76

Secretária pessoal

Ana Clara S Oliveira

38 anos

13-07-2011

1.882,76

Secretária pessoal

Maria de Fátima M L Hipólito Samouqueiro

47 anos

21-06-2011

1.882,76

Secretária pessoal

Maria Dulce Leal Gonçalves

52 anos

01-07-2011

1.882,76

Secretária pessoal

Maria M, Brak-Lamy Paiva Raposo

59 anos

13-07-2011

1.882,76

Secretária pessoal

Margarida Maria A A Silva Neves Ferro

53 anos

21-06-2011

1.882,76

Secretária pessoal

Maria Conceição C N Leite Pinto

51 anos

21-06-2011

1.882,76

Secretária pessoal

Maria Fernanda T C Peleias de Carvalho

45 anos

01-08-2011

1.882,76

Secretária pessoal

Maria Rosa E Ramalhete Silva Bailão

58 anos

01-09-2011

1.882,76

Coordenadora

Luísa Maria Ferreira Guerreiro

48 anos

01-01-2012

1.506,20

téc, administrativo

Alberto do Nascimento Cabral

59 anos

01-01-2012

1.506,20

téc, administrativo

Ana Paula Costa Oliveira da Silva

42 anos

01-01-2012

1.506,20

téc, administrativo

Elisa Maria Almeida Guedes

47 anos

01-01-2012

1.500,00

téc, administrativo

Isaura Conceição A Lopes de Sousa

59 anos

01-01-2012

1.506,20

téc, administrativo

José Manuel Perú Éfe

60 anos

01-01-2012

1.506,20

téc, administrativo

Liliana de Brito

50 anos

01-01-2012

1.500,00

téc, administrativo

Maria de Lourdes Gonçalves Ferreira Alves

61 anos

01-01-2012

1.506,20

téc, administrativo

Maria Fernanda Esteves Ferreira

57 anos

01-01-2012

1.506,20

téc, administrativo

Maria Fernanda da Piedade Vieira

61 anos

01-01-2012

1.506,20

téc, administrativo

Maria Umbelina Gregório Fernandes Barroso

47 anos

01-01-2012

1.500,00

téc, administrativo

Zulmira Jesus G Simão Santos Velosa

47 anos

01-01-2012

1.506,20

téc, administrativo

Artur Vieira Gomes

53 anos

01-01-2012

1.600,15

téc, administrativo

Benilde Rodrigues Loureiro da Silva

58 anos

01-01-2012

975,52

Apoio Auxiliar

Fernando Manuel da Silva

68 anos

01-01-2012

975,52

Apoio Auxiliar

Francisco José Madaleno Coradinho

45 anos

01-01-2012

1.472,82

Apoio Auxiliar

Joaquim Carlos da Silva Batista

57 anos

01-01-2012

975,52

Apoio Auxiliar

José Augusto Morais

51 anos

01-01-2012

975,52

Apoio Auxiliar

Maria Lurdes da Silva Barbosa Pinto

58 anos

01-01-2012

975,52

Apoio Auxiliar

Maria de Lurdes Camilo Silva

65 anos

01-01-2012

975,52

Apoio Auxiliar

Maria Júlia R Gonçalves Ribeiro

58 anos

01-01-2012

975,52

Apoio Auxiliar

Maria Natália Figueiredo

64 anos

01-01-2012

975,52

Apoio Auxiliar

Maria Rosa de Jesus Gonçalves

58 anos

01-01-2012

975,52

Motorista

António Francisco Guerra

52 anos

01-01-2012

1.848,53

Motorista

António Augusto Nunes Meireles

61 anos

01-01-2012

2.028,28

Motorista

António José Pereira

48 anos

01-01-2012

1.848,53

Motorista

Arnaldo de Oliveira Ferreira

49 anos

01-01-2012

1.848,53

Motorista

Jaime Manuel Valadas Matias

52 anos

01-01-2012

1.848,53

Motorista

Jorge Henrique S Teixeira Cunha

52 anos

01-01-2012

1.848,53

Motorista

Jorge Martins Morais

46 anos

01-01-2012

1.848,53

Motorista

José Hermínio Frutuoso

53 anos

01-01-2012

1.848,53

Motorista

Nuno Miguel R Martins Cardoso

37 anos

01-01-2012

1.848,53

Motorista

Paulo Jorge Pinheiro da Cruz Barra

40 anos

01-01-2012

1.848,53

Motorista

Rui Miguel Pedro da Silva Machado

42 anos

01-01-2012

1.848,53

Motorista

Vitor Manuel G Marques Ferreira

42 anos

01-01-2012

1.848,53

 

 

 

Total/Mês

149.486,76

 

Resumo

 

 

 

1

Chefe de Gabinete

 

 

 

10

Assessores

 

 

 

7

Adjuntos

 

 

 

4

Técnicos Especialistas

 

 

 

10

Secretárias Pessoais

 

 

 

1

Coordenadora

 

 

 

13

Técnicos Administrativos

 

 

 

9

Apoio Auxiliar

 

 

 

12

Motoristas

 

 

 

E ainda dizem que o homem não cria emprego!...

 

QUE META LÁ O PAI QUE DIZ QUE A REFORMA NAO LHE CHEGA


publicado por raiodemundo às 18:45
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Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2013

Orçamento é dos “menos transparentes da Europa”

in página1 23.01.13 (jornal digital do grupo Rádio Renascença)

 

 

Orçamento é dos “menos transparentes da Europa”

 

Portugal tem um dos orçamentos do Estado mais difíceis
de compreender em toda a Europa, indica um estudo
elaborado pela organização não-governamental International
Budget Partnership, sedeada em Washington. Pior
que Portugal, só mesmo a Itália, a Polónia e a Roménia.
O Orçamento português é dos mais opacos dos países
desenvolvidos. Os cidadãos não o conseguem perceber,
tornando assim impossível a prestação de contas, já que
possibilita mascarar todo o tipo de abusos de dinheiro
público e um descontrolo da dívida.
De resto, o nosso país é apontado como exemplo do que
não se deve fazer, na forma como sucessivos orçamentos
pouco transparentes permitiram que parte da dívida fosse
escondida pelos governos nas empresas públicas.
O índice de transparência orçamental, divulgado esta
manhã, mostra que Portugal até subiu alguns lugares
face a 2010, mas ainda falta fazer muito como, por
exemplo, tornar claro o Orçamento para que todos percebam
como são gastos os recursos públicos, donde provêm
e como tem crescido a dívida.

publicado por raiodemundo às 20:39
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Segunda-feira, 16 de Agosto de 2010

Afinal, somos ricos, ou mansos?

de um email anónimo circulando:

 

 

Para os Portugueses que ainda trabalham!!

 

Estava há dias a falar com um amigo meu nova-iorquino que conhece bem Portugal.

 

Dizia-lhe eu à boa maneira do "coitadinho" português: Sabes, nós os portugueses somos pobres ...

 

Esta foi a sua resposta:

 

Como podes tu dizer que sois pobres, quando sois capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?

 

Quando vos dais ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA?

 

Como podes tu dizer que sois pobres quando pagais comissões bancárias por serviços e cartões de crédito ao triplo que nós pagamos EUA?

 

Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 USDólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro?

 

Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso.

 

Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes

cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 20% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 20%, pagais ainda impostos municipais.

 

Além disso, são vocês que têm "impostos de luxo" como são os impostos na gasolina e gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos etc, que faz com que esses produtos cheguem em certos casos até 300 % do valor original, e outros como imposto sobre a renda, impostos nos salários, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.

 

Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...

 

Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e autarcas. Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada.

 

Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.080 euros. Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e electricidade. Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres nos conformamos com a segurança pública.

 

Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto nós aqui nos  EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.

 

Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro.

 

Vocês, portugueses ou são uns estúpidos ou uns mansos.

publicado por raiodemundo às 23:53
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Sexta-feira, 4 de Junho de 2010

"Há demasiados recursos"

Há demasiados recursos, fase de instrução é um "empastelamento do processo" dizem os procuradores, causa de entupimento dos tribunais e do andamento de lesma que os caracteriza, pedem reforma ao Código de processo penal, assim a justiça é ineficaz.

 

Ineficaz e a mesma burrice condenaram outra criança em processo lento (como o caso de Alexandra); uma menina de seis anos luso-britânica (Irlanda do norte) cujo pai a abandonou com os avós paternos ainda bebé, e que a quis recuperar, mas os avós não a devolveram por acharem o filho sem condições para a ter (pelo menos quando a deixou com os avós estava viver mal), protelaram o caso em tribunal até agora. E agora estupidamente o tribunal entrega uma menor que não foi achada a sua opinião, que não tinha contactos e mal conhece o pai e avós maternos, que não foi preparada para esta transição, que não fala inglês, com dispositivo policial tiram á força da única casa e família que conhece para ser entregue a mundo cultural diferente do seu.

Mais suspeito é um pai provavelmente sem condições que talvez a quisesse de volta apenas para a "vender" aos avós maternos.

 

Outro caso estúpido com crianças foi o de terem apartado um miúdo de quatro anos de sua mãe, violada e prostituída pelo pai, até na prisão as condenadas têm direito a ter seus filhos até certa idade, porquê este miúdo tem que sofrer por algo que não tem culpa, mesmo o de ser possivelmente resultado incestuoso, deve permanecer com a mãe.

Mãe essa que mesmo alertando os vizinhos do que lhe estava a acontecer ninguém foi capaz de a ajudar ou avisar as autoridades.

 

E agora a ministra da educação para bem das estatísticas, quer passar «á força» os alunos retardários, senão conseguiram durante anos nas aulas, espera agora que tenham bases para passar num exame (talvez de validade duvidosa, para que tenham oportunidade), já agora deviam dar á ministra a ideia de decretar por lei que todos que quiserem podem ser doutores, assim podíamos ser o país europeu com mais doutores, fazendo inveja aos outros.

 

Triste país este.

 

publicado por raiodemundo às 18:16
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Domingo, 30 de Dezembro de 2007

Reguladores

Este video mostrado por Henrique Granadeiro, presidente da Portugal Telecom, numa conferência sobre telecomunicações, mostra algo que também aqui se mostra ridiculo em certas atitudes dos nossos reguladores, se as tristes situações não fossem cómicas.

 

publicado por raiodemundo às 19:19
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Domingo, 25 de Novembro de 2007

Não sei como titular este post

Em semana que se divulgou as astronómicas despesas da Assembleia da República, com itens escandalosos como são os gastos em viagens de duvidosa utilidade, não é que o PS e PSD em vésperas de nova lei eleitoral já concordaram em manter os 230 lugares para os "boys" que nisto de clientelas são ambos exímios. O povo é que deve apertar o cinto.

Não são os únicos em despesas desnecessárias, como o caso de novos carros de gama alta para o ministério das Justiça, ou as despesas inúteis que o inspector-geral da administração interna em entrevista no Expresso, apontou, nas múltiplas comemorações na PSP e GNR quando falta para renovar instalações. E não foi o único reparo que fez nessas forças, pois considerou existir muita incompetência, provocada por má formação dos elementos dessas instituições, e prepotência autoritária principalmente na GNR, pelas mesmas razões.

Prepotência antidemocrática é a do ministro da saúde quer ditar a moral e ética de como os médicos devem comportarem-se em relação ao aborto e eutanásia, quer impôr reforma ao código deontológico médico, para estar de acordo com os desígnio políticos de momento, mudando estes volta tudo ao mesmo na dança politiqueira do costume.

Sensibilização é precisa para que não se tratem os animais como objectos de momento que se deita fora quando estorva, é uma vergonha civilizacional o abandono de milhares de cães e outros, que se tornam um perigo público.

Incrível é também o caso da lentidão dos tribunais em casos absolutamente imprescindível contra o tempo como o é o da Esmeralda, uma criança que nos próximos tempos muito confusa estará ao ver-se num novo meio ambiente sem compreender o porquê do "mal que fez para a tratarem  deste modo"; é que as crianças não param de crescer para os tribunais demorarem o tempo que lhes dá na gana. Que danos psicológicos advirão é uma incógnita.

Assim vai este raio de mundo.
publicado por raiodemundo às 19:46
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Terça-feira, 25 de Setembro de 2007

A brincar a brincar

Num destes e-mail que recebemos entre amigos por brincadeira, e a brincar a brincar se diz verdades, não posso deixar de aqui reproduzir:
Vá lá meninos, vamos todos ser bons cidadãos...
Leiam como, abaixo e façam por isso!
 
O bom cidadão
por Pedro Barroso
 
O BOM CIDADÃO é um herói do Estado. Só com ele, o Estado se reforça e
pode virtualmente planificar o futuro da Sociedade. Se todos ajudassem e
aprendessem com este texto exemplar, cumprindo as suas obrigações de
cidadãos, o futuro de todos nós seria muito melhor. E a poupança do
Governo proporcionaria bem-estar e felicidade a um número mais alargado
de portugueses. Infelizmente, nem todos compreendem os deveres de
lealdade à Nação e desviam-se nos mais diversos detalhes e vícios de uma
carreira ordeira, obediente e conforme.
 
O bom cidadão nasce sem incomodar demasiado o Estado, para não fazer
despesas desnecessárias com fórceps ou cesarianas. Deve, pois, nascer
preferencialmente numa cidade desenvolvida e litoral, onde já existam
infra-estruturas integradas, para não obrigar à construção de piscinas,
mercados, escolas, maternidades, pavilhões ou hospitais escusados.
 
Se o jovem cidadão nascer em sítios isolados, a sua escola terá decerto
poucos alunos e a sua educação dará prejuízo ao Estado, por manifesto
desajuste entre o excesso de mão-de-obra e a tão pouca massa discente. É
sempre de evitar.
 
Como aluno, crescerá sem temeridades nem excessos, estudando no limite
da sua inteligência, mas sem ambições estranhas nem perigosas, tais como
bolsas no estrangeiro ou outros excessivos incentivos. Admite-se que o
cidadão, enquanto jovem, faça desporto em estruturas já existentes, mas
é recomendável que saiba conter-se em gastos, hábitos, acidentes e
doenças, poupando ao Estado radiografias e Betadine.
 
Serão, aliás, costumes de muita utilidade para o seu futuro. A
parcimónia é uma virtude.
 
O bom cidadão emprega-se cedo e paga os seus impostos. Cinquenta por
cento do que ganhar deve ser para o Estado, para que muito justamente
este lhe retribua com pontes e estradas com portagens, guichets e
Repartições variadas, cujas servem justamente para nelas pagar os
referidos impostos, os selos e as taxas recomendadas e exigidas pelas
necessidades da Nação.
 
Na opinião, o cidadão é moderado. Conciliador.
 
Poderá revelar, até, um criticismo parcial, se o exprimir de forma
civilizada no exercício soberano do seu voto consciente. É o seu acto
maior de intervenção cívica. Deve cultivá-lo.
 
O cidadão deve também compreender e acatar as regras da estrada,
circular no máximo a 120 km/hora nas auto-estradas e a 50 km/hora nas
localidades. Respeitar os seus superiores e as Autoridades e confiar em
geral que todo o sistema montado pelo Estado serve para o proteger e ajudar.
 
A compacta vivência dos transportes colectivos em hora de aperto deve
ser entendida como uma sempre agradável prática sensorial de aproximação
e intimidade, onde poderá, até, vir a gozar de muito interessantes
experiências de contacto humano, sempre enriquecedoras.
 
Terá direito a 25 dias de férias por ano e a férias matrimoniais,
maternais e por nojo ou luto de seus entes queridos, patrocinadas pelo
sempre compreensivo Patronato.
 
O bom cidadão não se mete em desordens, nem participa casos de Polícia,
para não incomodar estruturas cívicas, como os Tribunais. Com efeito,
estas instâncias estão já assoberbadas com demasiados casos, bem mais
urgentes que o roubo da sua carteira ou o assalto por esticão da sua
incauta avó. Os Tribunais são estruturas pesadas e dispendiosas que deve
evitar-se accionar e se aplicam apenas para conflitos maiores.
 
Por esse motivo, o cidadão deve, desde cedo, aprender que o crime de
assalto, o risco no carro ou as pequenas injustiças que sofrer no dia a
dia são apenas encaráveis como impostos indirectos num Estado de
Direito, e que têm de se suportar com paciência e estoicismo, pois fazem
parte da vida.
 
O bom cidadão tem a temperança de um muito acreditar que se tornou
desacreditar.
Não é, por isso, nem demasiado efusivo na celebração, nem demasiado
pessimista na derrota. Entende que a vida tem altos e baixos, é preciso
compreender e conformar-se com isso. O bom cidadão é, pois, sorumbático.
 
Compete também ao bom cidadão presenciar as cerimónias públicas e
aplaudir. São eventos sempre agradáveis, tais como inaugurações de
pontes e mercados, tomadas de posse, visitas ministeriais, etc., com a
vantagem de serem gratuitas, frequentadas por gente influente e sempre
muito instrutivas.
 
O cidadão correcto reclama moderadamente ao ouvir os telejornais, mas
compreende os esforços de todos os governantes para o bom funcionamento
da República, pelo que tolera os erros de gestão, a má prática, a
assistência tardia, a bicha nos serviços, o prazo do despacho, a
extinção da Maternidade, até os ordenados dos futebolistas.
Perdoa tudo, pois reclamar é sempre feio e raramente conduz ao que quer
que seja.
 
O bom cidadão, de resto, deve ser recatado e pouco expansivo, pois os
limites sonoros devem ser sempre acatados, e os excessos temperamentais
podem provocar doenças graves como AVC’s, picos de tensão alta,
apoplexias várias, neurose, depressão, etc.
 
Os seguros aumentam, mas o cidadão deve pagá-los.
 
Os impostos aumentam, mas o cidadão deve pagá-los, sem reserva. Até os
lucros da Banca, as taxas de juro, os spread’s e euribores e outras
coisas, mesmo que não saiba exactamente o que são. Para o seu bom nome
se manter, o cidadão deve pagar tudo isso atempadamente. A gasolina, as
portagens, a taxa moderadora, a prestação do frigorífico, da casa, do
carro. Pagar.
 
O bom cidadão declara tudo o que ganha, mesmo as gorjetas.
 
Compete ainda ao bom cidadão ajudar nos peditórios para o cancro, a
lepra, a sida, a epidermólise bolhosa, a tuberculose e os Bombeiros pois
são, obviamente, casos imprevisíveis que, numa sociedade ideal, não
existiriam e não seriam necessários.
De facto, o Estado não pode, compreensivelmente, acorrer a todos os
desleixados que se deixam indevidamente apanhar pelas mais dispendiosas
e graves doenças, nem é sua culpa que tenham adoecido ou que os
Bombeiros queiram viaturas novas. Há, pois, que sentir solidariedade
pelos seus concidadãos afectados e ajudar sempre, generosamente.
 
O bom funcionário é a extensão óbvia do bom cidadão.
 
O bom funcionário é aplicado, pontual, educado e reside na área de
trabalho, para não gastar demasiada energia pública no eléctrico ou
autocarro e contribuir para um bom ambiente e para a diminuição do
buraco de ozono.
 
Alias a consciência ecológica é um dever do bom cidadão. Deve pôr os
vidros no vidrão; os cartões bem limpos nos receptores de cartão; as
embalagens depois de devidamente lavadas no recipiente adequado. O bom
cidadão decora as cores dos ecopontos modernos e funcionais,
contribuindo para uma mais rápida triagem da parte das lucrativas
empresas de aproveitamento de resíduos sólidos, que, obviamente, não
podem estar a perder tempo com porcarias e lixo sujo e mal encaminhado.
 
O cidadão exemplar mantém-se até ao limite previsto no seu posto de
trabalho - mesmo que sinta alguma dificuldade em lembrar-se onde fica -
e morre aos sessenta e cinco anos de idade, depois de uma vida de
descontos. Isto para que a Segurança Social lucre com ele, e não tenha
que o sustentar em dependências sempre egoístas e evitáveis que
prejudicam o conjunto da Nação e retiram credibilidade ao sistema.
 
Para quê gozar de paz e reforma antecipada quando ainda se sente
motivação e vontade de viajar e usar a vida? Todos sabemos que orgias e
comezainas ou viagens prolongadas não são indicadas para a terceira idade.
 
O bom cidadão fica em casa com a sua reforma olhando a televisão, até
morrer.
Com raras e discretas deslocações à farmácia mais próxima. E ao
cemitério, por uma questão de aclimatação prévia.
 
O bom cidadão é triste
cumpridor e exemplar.
 
Ajude o Estado a servi-lo melhor.
Morra cedo.
 
O Estado ama o bom cidadão.
sinto-me:
publicado por raiodemundo às 22:25
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