Durante a Taça Africana das Nações, após o ataque à selecção do Togo, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, disse à agência Lusa que “Portugal não tem nada a ver com a questão de Cabinda”; que: “É um assunto de soberania angolana”, afirmou na altura.
Mas está errado.
Cabinda é mais um dos erros da descolonização apressada e incompetente; é um problema provocado por Portugal por violação do estatuto que Cabinda tinha e não foi cumprido pelo estado português.
Pois pelo Tratado de Simulambuco assinado em 1885, Portugal reconhece Cabinda como um protectorado (e não como colónia).
Portugal comprometia-se:
"Portugal obriga-se a fazer manter a integridade dos territórios colocados sob o seu protectorado."
"Portugal respeitará e fará respeitar os usos e costumes do país."
E assim fez nos primeiros tempos, mas em 1956 para poupar dinheiro colocou Cabinda sob a alçada do governador-geral de Angola que na pratica começaram a tratá-la como uma província angolana, e a memória doutro tempo foi-se esquecendo e aquando da independência angolana, Angola recebeu como prenda o enclave como se pertencesse ao mesmo “bolo”.
Mas os cabindeses acordaram e não concordaram e deu no que deu até hoje!
Quando políticos não têm cultura e memoria histórica e de direito resulta nestes imbróglios, como não esquecendo o de Olivença.
. Cabinda