"Mãe, vinde-me buscar"
Terá dito a menina 'russa', aos seus "pais adoptivos" que lhe telefonaram, e que a (in)justiça decretou que devia ser entregue a desconhecidos, e dum idioma desconhecido, mesmo sendo sua família, é isso que são para ela.
Justiça não é fazer o que as leis dizem abstractamente, mas sim em fazer o justo. E o justo era dar atenção aos sentimentos de uma criança que desde os 17 meses só conheceu uma família, a quem chamou de mãe e pai.
Esta criança pela cultura que teve até agora é portuguesa e não russa.
Uma criança que não compreende que mal fez para merecer o «castigo» que lhe impuseram.
Porque não compreendem que quando entregam crianças tão novas, antes da fala, até tão tarde devem manter-se na família de acolhimento até pelos menos os 12 anos, não interessa os pretensos direitos da família biológica, que teve a sua oportunidade aquando do seu nascimento senão 'aproveitou' paciência, que espere até uma idade que a criança tenha mais tino para poder decidir.
Aquele chocante pedido mostra a incompetência da «justiça» que temos.
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