A inércia institucional do estado continua a me deixar estupefacto. Ou será que não!
Como o caso relato no «Expresso» de um ex-trabalhador de J. Pimenta, empresa já extinta há muitos anos, com processo em tribunal há 25 anos, sim 25 anos para o tribunal dizer sim ou não, ao pagamento de 8 meses de salários em atraso, aquando da falência da firma e ainda não foi capaz. Porquê?
E isto entre muitos casos de processos laborais que duram tanto tempo em tribunal; tardam tanto que falham, deixam as pessoas apreensivas, sem fé no aparelho judicial que lhes deixa em problemas financeiros que não esperam por sentenças.
Outro caso relatado no «Jornal de Notícias», é de uma mulher que se viu obrigada a ir a tribunal desde há 5 anos, para que a assistência social cumpra o seu dever, a atribuição do “abono de família”, por esta acolher uma criança desde seus 15 dias, e já tem hoje 15 anos, 15 anos há espera dos seus direitos, 15 anos a criar uma menor por sua conta quando a obrigação é do estado, e mais estúpido é que nem tem o estatuto de família de acolhimento, cria-se «provisoriamente» uma criança para o resto da vida! E ainda hipocritamente fala-se em muito de protecção de menores mas cumprir o que devem, nicles.
Será que um bêbê é um contentor «provisório» numa escola durante décadas. Será que não têm o tino para enxergar que uma criança não espera, o tempo passa inexoravelmente, não está há espera que a super lenta burocracia do estado dê os ares de sua graça, em casos de crianças as decisões urgem que se tomem rapidamente.
Diz que em tempos a assistência social lhe propôs a adopção da menor, mas que isso implicava a perca dos direitos e recusou, mas agora com 15 anos provavelmente já não poderá ser formalmente adoptada pela “mãe adoptiva”, pois passa do limite de idade.
Acham que com uma “justiça” destas existe democracia e igualdade? Tenham dó, assim não vamos lá!