
Dia da democracia, mas os portugueses estão fartos da classe politica que têm. Assim foi expresso numa sondagem recente, divulgada na média esta semana. Não se revê neles, não acredita numa “democracia de papel na urna”, do papelinho no túmulo (urna) das esperanças de um novo amanhã que tarda acontecer. Uma classe politica divorciada da realidade do povo, que não compreende das necessidades do mesmo, ou então simplesmente porque são incompetentes para as realizar.
Com um primeiro-ministro que em entrevista desta semana, em vez de esclarecer a nação duma vez por todas, está mais preocupado em atacar e processar quem levanta questões incomodas. Tal como o seu governo que quer impor que o “contribuinte-faltoso-corrupto” tem que provar a origem honesta dos seus bens, todos são culpados até provarem inocência, também o primeiro-ministro e todos políticos são culpados até provarem a sua inocência. Mas já se sabe que em Portugal estes processos acabam em águas de bacalhau, ou sejam espera-se que o tempo faça esquecer e prescrever sem nada esclarecer.
E é a justiça uma das realizações que a democracia falta concretizar neste país.
Barómetro da Eurosondagem: os portugueses sentem que está mal:
1-Saúde
2-Justiça
3-Educação
4-Trabalho
5-Expressão
6-Habitação
7-Privacidade
8-Associação
9-Religião
Quando é que acaba a partidocracia e realmente começa a democracia.
Quem é que percebe como são formadas as listas partidárias?
Onde está democracia interna dos partidos?
Quem percebe porquê do cabeça da lista ser muitas vezes só “para inglês ver” e depois da eleição abandona o cargo para que foi eleito, onde está a sua responsabilidade?
Para quando políticos independentes dos partidos, poderem candidatar-se sem eles?
O sonho do 25 de Abril ainda está por concretizar e não venham com desculpas da culpa ser do anterior regime porque não é, é inteiramente do actual regime, 35 anos é o tempo de uma geração. Com o mesmo tempo a Coreia do Sul passou de uma sociedade rural e analfabeta a super-industrial, olhem o exemplo. A diferença? Elites que sabiam o que queriam e como fazer.